quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

GENETICA - PARTE 2


ÁREAS DA GENÉTICA

GENÉTICA CLASSICA

Ver artigo principal: Genética clássica
A Genética clássica consiste nas técnicas e métodos da genética, anteriores ao advento da biologia molecular.[6] Depois da descoberta do código genético e de ferramentas de clonagem utilizando enzimas de restrição, os temas abertos à investigação científica em genética sofreram um aumento considerável. Algumas ideias da genética clássica foram abandonadas ou modificadas devido ao aumento do conhecimento trazido por descobertas de índole molecular, embora algumas ideias ainda permaneçam intactas, como a hereditariedade mendeliana. O estudo dos padrões de hereditariedade continuam ainda a ser um método muito útil no estudo de doenças genéticas,como a Neurofibromatose.

GENÉTICA MOLECULAR

A genética molecular tem as suas fundações na genética clássica, mas dá um enfoque maior à estrutura e função dos genes ao nível molecular. A genética molecular emprega os métodos quer da genética clássica (como por exemplo a hibridação) quer da biologia molecular. É assim chamada para se poder distinguir de outros ramos da genética como a ecologia genética e a genética populacional. Uma de suas aplicações consiste no estudo da mutação e variação de cepas de bactérias. Uma área importante dentro da genética molecular é aquela que usa a informação molecular para determinar os padrões de descendência e daí avaliar a correta classificação científica dos organismos: chamada sistemática molecular.

O estudo das características herdadas e que não estão estritamente associadas a mudanças na sequência do DNA dá-se o nome de epigenética.

Alguns autores defendem que a vida pode ser definida, em termos moleculares, como o conjunto de estratégias que os polinucleótidos de RNA usaram e continuam a usar para perpetuar a eles próprios. Esta definição baseia-se em trabalho dirigido para conhecer a origem da vida, estando associada à hipótese do RNA.

Genética populacional, genética quantitativa e ecologia genética
Ver artigo principal: Genética Populacional, Genética quantitativa, Ecologia Genética
A genética populacional, a genética quantitativa e a ecologia genética são ramos próximos da genética que também se baseiam nas premissas da genética clássica, suplementadas pela moderna genética molecular.

Estudam as populações de organismos retirados da natureza mas diferem de alguma maneira na escolha do aspecto do organismo que irão focar. A disciplina essencial é a genética populacional, que estuda a distribuição e as alterações das frequências dos alelos que estão sob influência das forças evolutivas: seleção natural, deriva genética, mutação e migração. É a teoria que tenta explicar fenômenos como a adaptação e a especiação.

O ramo da genética quantitativa, construído a partir da genética populacional, tenciona fazer predições das respostas da seleção natural, tendo como ponto de partida dados fenotípicos e dados das relações entre indivíduos.

A ecologia genética é por sua vez baseada nos princípios básicos da genética populacional, mas tem o seu enfoque principal nos processos ecológicos. Enquanto que a genética molecular estuda a estrutura e função dos genes ao nível molecular, a ecologia genética estuda as populações selvagens de organismos e tenta deles recolher dados sobre aspectos ecológicos e marcadores moleculares que estes possuam.

GENÔMICA 

A genômica é um desenvolvimento recente da genética. Estuda os padrões genéticos de larga escala que possam existir no genoma (e em todo o DNA) de uma espécie em particular. Este ramo da genética depende da existência de genomas completamente sequenciados e de ferramentas computacionais desenvolvidas pela bioinformática que permitam a análise de grandes quantidades de dados.

CÉLULAS HAPLOIDES E DIPLOIDES 

Predefinição: TODA MATÉRIA
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Genética molecular e Genômica fazem parte da grande área biotecnologia, o qual é a aplicação de toda e qualquer ciência biológica com vistas a produção de bens, produtos e serviços, aliado a tecnologias diversificadas.
As células haploides (n) possuem apenas um conjunto de cromossomos. Assim, nos animais, as células sexuais ou gametas são haploides. Essas células possuem metade do número de cromossomos da espécie.

As células diploides (2n) são aquelas que possuem dois conjuntos de cromossomos, como é o caso do zigoto, que possui um conjunto de cromossomos originários da mãe e um conjunto originário do pai. São células diploides, os neurônios, células da epiderme, dos ossos, entre outras.

Disciplinas relacionadas
O termo "genética" é vulgarmente utilizado para denominar o processo de engenharia genética, em que o DNA de um organismo é modificado para se obter uma utilidade prática. No entanto, a maior parte da investigação em genética é direcionada para a explicação do efeito dos genes no fenótipo e para o papel dos genes nas populações.

APLICAÇÕES DA GENÉTICA
Atualmente, acompanhamento os avanços da bioquímica e das técnicas de cultura de tecidos, a Genética se desenvolve rapidamente, subdividindo-se em vários campos, principalmente relacionamento relacionados com o aprimoramento animal e vegetal, com o controle de pragas e a Medicina. 

Uma das ramificações mais promissoras da Genética é a Engenharia Genética, que consiste na manipulação dos genótipos dos organismos.De uma maneira geral, consiste na inserção ou na retirada de genes de um genótipo cuja presença ou ausência pode ser desejável. Por exemplo, por meio da introdução de um novo gene, uma célula pode produzir um novo tipo de proteína. 

No mundo todo, estações experimentais e instintos agrícolas produzem mudas de plantas obtidas através de processos de cultura de tecidos, partindo de células ou embriões geneticamente selecionados e de técnicas de engenharia genética. Assim, são obtidas plantas mais produtivas, de crescimento mais rápido, resistência a pragas, adaptadas a diferentes condições de clima e de solo etc.Por exemplo, mudas de plantas geneticamente idênticas são produzidas aos milhares para reflorestamento, fins medicinas ou alimentação. 

O controle de pragas também apresenta avanços consideráveis.Têm sido desenvolvidos plantas imunes a pragas, isto é, que se tornaram capazes de produzir toxinas que matam as lagartas dos insetos.Sabe-se, por exemplo, que um vírus modificado pela engenharia genética é pulverizado nas plantações normalmente atacados por lagartas de borboletas.As lagartas,infectados pelos vírus, têm seu desenvolvimento bloqueado e não passam à fase adulta.
A pecuária também tem se beneficiado com os avanços genéticos, que facilitam a seleção de animais para tração, produção de leite, carne ou lã etc.
Animais transgênicos, isto é, portadores para fins específicos, não só para melhoramento genético das raças já conhecidas, mas ainda para funcionar como verdadeiras "fábricas vivas", produzindo substâncias importantes.
A produção de remédios também tem sido altamente beneficiado.Uma técnica bastante utilizada é a da introdução dr genes em bactérias para obtenção de substâncias específicas. Por exemplo, no genótipo da Escherichia coli foi introduzido um gene humano,responsável pela síntese de insulina utilizada no controle da diabete. A síntese industrial da insulina, a partir da Escherichia coli, veio baratear o produto e facilitar sua utilização pelos doentes. 

O campo da genética médica é bastante amplo, pois compreende desde o estudo de deficiências e síndrome hereditárias humanas até a distribuição de vários tipos de gene nas populações, como é o caso dos tipos sanguíneos.
Muitas moléstias hereditárias já estão devidamente estudadas e os genes ou cromossomos responsáveis, localizados,como na síndrome de Down, na hemofilia, na distrofia muscular progressiva e em inúmeros outras.
Em muitas casos é possível reconhecer precocemente uma doença hereditária e tomar medidas preventivas.Uma prática comum é o aconselhamento transmissíveis.
As aplicações da Genética, entretanto, envolvem vários problemas de ordem ética, pois o mundo caminha para uma civilização eugênica, preocupada com a qualidade da sua herança e capaz de manipular o próprio genoma.

Algumas questões são polêmicas e exigem que se definam:
* as formas de tratamento e de controle das deficiências hereditárias;
* a orientação para os portadores de anomalias hereditárias;
* uma reavaliação nos conceitos de diferença racial desvinculados de valores sociais, econômicos e culturais;
* os critérios para julgamento dos genes desejáveis e indesejáveis.

Dentre as aplicações da genética, podem ser citadas:

-a prevenção (aconselhamento genético) e tratamento de doenças como asma, e câncer.
-a terapia genética permite substituir genes doentes por genes sãos, ou mesmo eliminar os genes doentes.
-a optimização do bem-estar e sobrevivência do indivíduo.
-intervenções terapêuticas definidas de acordo com o perfil genético do doente, o que faz com que a probabilidade de sucesso de tratamento seja maior.
-As aplicações acima descritas fazem parte da genética médica outras utilizações da genética humana estão relacionadas à medicina legal e criminologia, a saber: reconhecimento de tecidos, reconhecimento de identidade através de características genéticas em especial as impressões digitais (dactiloscopia) e o exame de DNA seja para identificação de paternidade, de vítimas de sinistros ou de potenciais homicidas. 

Tão importantes para humanidade quanto a genética médica são as aplicações dessa ciência ao melhoramento animal e vegetal. Sabemos que a genética praticamente se iniciou com a domesticação de animais (fase pré-científica) e com os estudos de genética vegetal de Mendel contudo vivemos um impasse ainda não bem dimensionado pela comunidade científica que é a produção de Organismos Geneticamente Modificados ou Transgênicos, cujo impacto sobre o meio ambiente e mesmo sobre as estabilidade do DNA ainda não é de todo conhecida.

Outra aplicação dessa ciência vem de sua associação à epidemiologia (epidemiologia genética) e toxicologia (toxicogenética e radiogenética) na medida em que produzem estratégias de identificar os agentes mutagênicos, teratogênicos ou carcinogênicos que ameaçam a saúde das comunidades humanas e integridade dos ecossistemas.


LEIA MAIS EM GENÉTICA - PARTE 3

TODO ESTUDO SE BASEIA EM REFERENCIAS.
REFERENCIAS
1- Carroll, Sean B. (1974). Introdução À Genética - 11ª Ed. [S.l.]: Guanabara Koogan
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3- Robinson, Tara Rodden (2005). Genetics for Dummies (em inglês). Hoboken, NJ: Wiley Publishing. p. 327. 364 páginas. ISBN 978-0-7645-9554-7
4- Willett, Edward (2006). Genetics Desmystified (em inglês). New York: McGraw-Hill. p. 2-4. 210 páginas. ISBN 0-07-145930-8
5- Hart, Daniel L.; Jones, Elizabeth W. (1998). Genetics. Principles and Analysis 4ª ed. Sudbury, Massachusetts: Jones and Bartlett Publishers. p. 177-182. ISBN 0-7637-0489-X
6- Alberts, Bruce; Johnson, Alexander; Lewis, Julian; Raff, Martin; Roberts, Keith; Walter, Peter (2010). Biologia Molecular da Célula 5 ed. Porto Alegre: Artmed. pp. 553–556. ISBN 978-85-363-2066-3
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9- Gillespie, John H (1998). Population Genetics. A Concise Guide. Baltimore/London: The Johns Hopkins University Press. p. 1. 169 páginas. ISBN 0-8018-5755-4
10- Weiss, Kenneth M.; Buchanan, Anne V. (2004). Genetics and the Logic of Evolution. Hoboken, New Jersey: John Wiley & Sons. 534 páginas. ISBN 0-471-23805-8
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FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica

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INICIE ESSE ESTUDO:

GENÉTICA - PARTE 1
https://divulgoeecompartilho.blogspot.com/2019/12/genetica-parte-1.html

GENÉTICA - PARTE 2
https://divulgoeecompartilho.blogspot.com/2019/12/genetica-parte-2.html

GENÉTICA - PARTE 3
https://divulgoeecompartilho.blogspot.com/2019/12/genetica-parte-3.html

GENÉTICA - PARTE 4
https://divulgoeecompartilho.blogspot.com/2019/12/genetica-parte-4.html

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