Pelo contrário, o meu objetivo é que, contando o que eu vivi, você possa se preparar mais. Fique ciente que é uma questão de escolha: sair ou não do seu país de origem.
2018. Surpreendentemente aqui estamos nós, ainda em Orlando, agora com mais um integrante na família, nosso caçula. Como passou rápido.
Em janeiro de 2014, eu não tinha a menor ideia do que me esperava. Estávamos chegando aos Estados Unidos, sem pai e mãe, sem empregada, sem babá (se bem que essa eu nunca tive), sem conhecermos ninguém. Rumo a um futuro completamente incerto, procurando casa para morar, tentando inicialmente ao menos entender o que os nem sempre pacientes funcionários da empresa de água, luz e gás, por exemplo, falavam.
Esses eram os primeiros passos da nossa jornada. Meu marido e eu nos desdobrávamos para desenrolar o que talvez em questão de minutos estivesse resolvido no Brasil.
Comece lendo esta matéria por aqui:
MORAR EM PORTUGAL
AS PRIMEIRAS DIFICULDADES
Você pode estar perguntando: será que ela foi morar fora sem saber uma palavra de inglês?
Bem, eu havia feito no mínimo dez anos daqueles cursos de inglês que me garantiriam desenrolar situações cotidianas. Pelo menos era isso que eu pensava. Ledo engano. Óbvio que ficou muito mais fácil ler e escrever, ter um certo vocabulário, formar frases (nessa parte os cursos ajudaram), mas quando chegava a hora de falar e entender os nativos, aí era um pouco mais complicado.
Desde esse tipo de episódio que eu nunca imaginei que poderia passar, até chegar ao supermercado e me ver completamente perdida sem saber absolutamente nada do que escolher. Me assustava com o tamanho dos produtos, tudo muito grande. Eu não tinha ideia de quais materiais de limpeza utilizar. Eu não sabia os nomes das carnes por aqui, todas as marcas eram até então pra mim desconhecidas.
Em casa eu ainda não sabia usar o triturador de alimento nem como regular o ar condicionado ou aquecedor.
Chegar ao restaurante e fazer o pedido era uma aventura. Sim, tudo era absolutamente novo pra mim. Estávamos eu, meu marido e minha filha, então com dois anos de idade.
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ORLANDO, UMA CIDADE DE BRASILEIROS ?
Aqui quero abrir um parênteses. Viemos para Orlando, uma cidade que foi invadida por brasileiros, que recebe milhões de turistas brasileiros por ano, e que hoje já conta com inúmeros restaurantes e supermercados brasileiros, salões de beleza, lojas, igrejas, quiosques, tudo brasileiro. Até Banco do Brasil já tem aqui. Então não é difícil encontrar produtos e serviços do Brasil, aqui. A questão é que não era essa a minha ideia. Se eu vinha morar nos EUA, eu queria estar imersa na cultura deles, eu queria aprender profundamente a língua, os costumes, a cultura. O tempo que estivesse aqui, eu queria estar ganhando esse conhecimento. Só assim poderia crescer nessa jornada. Isso significava que não seria fácil, que eu teria muito trabalho pela frente fazendo pesquisas, buscando informações, mas era isso o que eu almejava.
Os desafios não paravam de chegar, e parece que vinham com intensidade cada vez maior. Tirar carteira de motorista, procurar por médicos, dentistas, pesquisar sobre plano de saúde, comprar carro, procurar entender como funciona a educação nos EUA, imaginar como minha filha se adaptaria. No nosso condomínio moravam apenas americanos, e a maioria de passagem, por ser um resort com muitas casas de férias. Assim minha filha teve de contentar-se em brincar apenas comigo por muito tempo.
Sem crianças ao redor.
Muitas dúvidas… será que estou fazendo o certo para minha filha?
Será que ela esta sofrendo?
Quando vai fazer novos amigos?
Será que vai aprender o inglês?
E eu, será que vai chegar o dia em que vou finalmente conseguir me expressar sem mímicas, sem gaguejar?
Não e fácil.
No meio desse turbilhão de novidades, eu descubro que estou grávida!
Se eu tinha dúvidas, elas simplesmente quadruplicaram.
Surgiu também o medo.
Teria eu capacidade de ter um filho americano?
Como pagar o parto?
Quem faria o parto?
Será que iria passar dias sofrendo em trabalho de parto como eu tanto ouvia falar?
Como seria depois dele nascer, será que eu dou conta de casa, marido e dois filhos, uma ainda desfraldando e um recém-nascido?
Help!!
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Além disso, a saudade apertando no peito. Os eventos, os casamentos, os aniversários, os nascimentos, tudo acontecendo no Brasil e eu aqui perdendo todos esses momentos. Dor no peito. O primeiro Natal, o primeiro Réveillon… sozinhos. Alguns colegas certamente já tínhamos feito, mas ter amigos de verdade demanda tempo. Passar as festas de final de ano na casa de recém-conhecidos não é uma situação pra lá de confortável. Chega a ser até constrangedor em parte. Meu filho nasceu em 2015, e esse é assunto para um outro post.
DEPOIS DO TURBILHÃO, A BONANÇA.
Com certeza alguns de vocês que leem esse texto devem ter passado ou ainda estão passando por essas situações e dúvidas, esse medo por vezes aflitivo, com maior ou menor intensidade. 2018 começa com novos questionamentos. Acho que para quem mora no exterior, sempre vai haver algo novo para aprender. Estamos aqui, firmes e fortes, agora com meu filho americano balbuciando as primeiras frases (às vezes em inglês, às vezes em português), minha filha na escola publica falando um inglês quase que fluente, curtindo muito suas amizades americanas e hispânicas, cantando no coral da igreja, fazendo balé.
Sim, já temos muito mais amigos, amigos que viraram a nossa família. Recebemos muitas visitas do Brasil ao longo do ano. Conheço os produtos do mercado, sei indicar as melhores marcas e tenho todo o roteiro do “to do list”, e do “not to do list”, para qualquer mamãe brasileira grávida (ou com filhos) que me procure. Sei o que significa BOGO, sei utilizar os famosos cupons.
O melhor de tudo é poder ajudar a quem chega por aqui com tanta incerteza como a que eu tinha.
Dá até pra ter um certo orgulho de saber o que parece muito básico, mas eu sei que houve um custo para aprender.
Saber que eu cresci como pessoa, saber que eu me permiti experimentar, conhecer, abrir meus horizontes, dar uma nova chance de vida para os melhor filhos, com mais qualidade.
Às vezes me perguntam se tudo isso vale a pena. Altos e baixos sempre teremos, seja lá o local que vivamos. A única certeza que tenho e que Deus e perfeito e nos coloca no lugar e tempo certos, para um propósito. Não sei o que 2018 me espera, mas estou certa de que cada passo, cada momento dessa aventura inesquecível, levarei para toda a vida, e que meu Pai, lá do céu, cuida de mim, o tempo todo.
Um Feliz e abençoado 2018 para todos!!
Fonte: Brasileirinhos Pelo Mundo
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