quinta-feira, 3 de maio de 2018

O INÍCIO DAS NOVAS AMIZADES NA INFÂNCIA



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A amizade é um dos maiores valores no período de formação das crianças. 

“trata-se do afeto pessoal, puro e desinteressado, compartilhado com outra pessoa, que nasce e se fortalece diante dos relacionamentos entre os seres humanos”. 

AS PRIMEIRAS AMIZADES NA VIDA

Quando somos pequeninos, um amigo é apenas aquele com quem brincamos. Não precisamos de mais vínculos ou uma relação mais profunda.

Entretanto, a partir dos seis anos, passamos a uma tremenda evolução. Começamos a ser mais conscientes do mundo que existe fora de casa. Começamos a ganhar confiança e a fazermos amigos de verdade. Passamos a ter senso de escolha e critérios próprios.

Quem me conhece sabe que sempre fui de muitos amigos. Então acho que não poderia ser diferente. Aqui em casa, desde muito pequenos, sempre incentivei e estimulei bastante as amizades dos meus filhos.

Todos os dois ingressaram na escola assim que completaram 1 aninho de idade. Ouvi na época muitas críticas a respeito de ser cedo demais e talvez não houvesse a necessidade e blá, blá, blá. Porém, acredito que criança precisa conviver com outras crianças. Sei que cabe aos pais a difícil tarefa de educar ensinando-os desde o nascimento noções básicas de amabilidade, solidariedade, generosidade, respeito às diversidades e honestidade, uma vez que tais princípios não nascem conosco. Mas para mim a forma mais fácil de ensiná-los é através do dia a dia, com a convivência e exemplos cotidianos.

Nada melhor do que passar pela situação para poder senti-la e aprender com ela. Um simples exemplo que posso por ora citar é a própria divisão de um brinquedo com um outro coleguinha. Ao compartilhar este objeto, a criança passa a trabalhar todos os princípios acima citados. O que muitas vezes, em casa sozinha com adultos, perdem a oportunidade de vivenciar e aprender.

Não que nós pais não possamos também ensinar, pelo contrário, devemos fazê-lo. Mas a criança aprender com outra criança da mesma idade, na minha humilde opinião, é bem mais estimulante e interessante. Sem contar que foi assim, através da escola e a convivência com outras crianças da mesma faixa etária, que foram surgindo as primeiras amizades dos meus pequenos. E algumas destas primeiras amizades perduram até hoje.

A CHEGADA EM UM NOVO PAÍS

Nesta nossa mudança de país, de vida, de idioma, de escola, muito me preocupava a questão das novas amizades. Precisavam vir de forma rápida e serem interessantes a ponto de “maquiarem” a falta das antigas. Pois se deixássemos prevalecer a saudade dos amigos que ficaram, se tornaria bem mais difícil todo o processo.

Entretanto, chegamos à Itália no mês de julho, no auge do período de férias escolares. As primeiras pessoas que conhecemos e tivemos contato na cidade não tinham filhos menores. Eu ficava de olho na casa dos vizinhos, a maioria idosos, mas também não via muita movimentação infantil. Então comecei a fazer uma rotina de levá-los ao parque público da cidade para brincar à tarde e depois íamos até a beira do rio para tomar sorvete e brincar nas pedras.

Nesses dois lugares, sempre tinham crianças correndo, gritando e pulando normalmente como era de costume deles. Assim eles começaram a se familiarizar mais com o ambiente e se sentir mais à vontade. Mas, mesmo assim, eu via que eles ficavam muito receosos de se integrar às outras crianças. Acho que além da vergonha, era muito também pelo idioma, pois realmente não entendiam nada do que falavam. E acabavam se limitando a brincar um com o outro e pronto.



O INÍCIO DAS NOVAS AMIZADES NA INFÂNCIA

Acontece que apesar dos meus dois filhos serem muito amigos e estarem acostumados a brincar juntos, a relação dos dois vinha meio “desgastada”, vinham brigando muito e cansados de só brincarem um com o outro há algum tempo. Foi quando tivemos a brilhante ideia de procurarmos uma colônia de férias.

Logo no primeiro dia tivemos sucesso. Foi nos dada a opção de buscá-los no meio do dia ou de pegarmos no final da tarde. Na nossa insegurança de como seria, marcamos de buscá-los cedo. Chegando lá, para a nossa alegria, eles não quiseram voltar para casa, pedindo para ficar até às 18hs. Vocês não têm noção da minha felicidade ao escutar aquilo. Uma por eles terem gostado, outra porque eu teria um tempinho livre sobrando só para mim. Afinal, eu vinha há alguns longos dias esgotada.

No segundo dia de colônia, ao chegar para entregá-los de manhã cedo, uma amiguinha veio correndo e com o maior sorriso deu um abraço super apertado na minha filha. Se abraçaram como se fossem amigas de anos. Fiquei tão emocionada com aquela cena que meus olhos se encheram de lágrimas. Foi neste momento que pude ter a certeza que tudo ficaria bem.

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Outro detalhe que me impressionou foi a comunicação das crianças com os professores da colônia. Eu chegava para buscá-los e eles não só batiam papo, como depois me contavam tudo o que o professor tinha dito no dia, as brincadeiras que fizeram e até as broncas que levaram. Só que os professores não falavam português e as crianças não entendiam italiano.

Essa colônia de férias abriu as portas para o início das amizades das crianças aqui. Deu autoconfiança a eles. A partir daí, como moramos numa cidade bem pequena, quando íamos ao parque ou brincar no rio, sempre tinha uma amiguinha ou amiguinho conhecido de lá. Esse amiguinho(a) chamava para brincar e assim iam se unindo e se integrando aos outros.

E assim foram brincando e se divertindo, fazendo amigos nos ambientes públicos da cidade voltados para o público infantil até meados de setembro, quando se iniciaram as aulas. Se você não acompanhou, pode ler por aqui.

Fonte: Brasileirinhos Pelo Mundo 
Escrito por: Tatiana Buzzi 


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