quinta-feira, 23 de agosto de 2018

PENEDO - LUGARES ATRATIVOS


Penedo é um bairro do município de Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro, sendo considerado até hoje a única colônia finlandesa no Brasil. Surgiu do sonho de um agricultor finlandês que por aqui chegou em 1929, com a idéia de viver da agricultura de uma forma natural e em comunidade. A sauna também foi introduzida no Brasil por esses colonos.


A cidade gira basicamente em torno do turismo, atraindo muitos casais em viagens românticas, interessados em aproveitar o friozinho e o edredom.


Vença o frio e conheça a cidade. O ponto principal é a Pequena Finlândia, onde ficam a Casa do Papai Noel e um shopping com muitas lojinhas. 


Vale a pena dar uma volta com calma e conhecer o laguinho que além de peixes tem algumas tartarugas, ou seriam jabutis?


A boa comida, aliada à vida simples e agradável do interior, tornou o bairro de Penedo bastante conhecido e, com o passar do tempo, a propaganda boca a boca fez com que cada vez mais os turistas o procurassem e o indicassem para momentos de lazer. 


Com esse aumento no movimento, surgiram vários hotéis e pousadas, restaurantes e lanchonetes, além de várias lojas, a maioria de muito bom gosto.

O ambiente natural da Mata Atlântica com suas cachoeiras de águas claras e frias, e a vida tranquila de seus moradores faz de Penedo um paraíso ecológico habitado por centenas de pássaros.

Circular por Penedo é muito fácil: uma extensa avenida corta toda a cidade. No início, logo após o portal, ela se chama Casa das Pedras; no trecho mais movimentado, é a Avenida das Mangueiras; mais para cima, por fim, ela se bifurca e leva a hotéis e pousadinhas charmosas nos dois lados.

Hospedagem 
Segundo um guia turístico de lá, Penedo possui em torno de 80 hotéis e pousadas, espalhados pelo centro e no entorno do bairro. Pelo que observei, porém, acredito que existam mais de 100.



Portanto, local para se hospedar é o que não falta por lá, e para todos os gostos e bolsos, das rústicas às românticas. Alguns hotéis promovem atividades físicas, como arvorismo, rapel e tiroleza para os amantes dos esportes radicais.

E como sugestão deixo aqui o belíssimo e aconchegante visual da pousada Viking.


A hospitalidade e o prazer em servir são percebidos em todos os detalhes, tornando cada momento inesquecível.

Um bom vinho em frente à lareira nos dias frios, uma tranquila e relaxante caminhada em meio a natureza ou a aventura dos passeios à cavalo, podem fazer parte do seu dia em Penedo.
Uma deliciosa piscina cercada de verde com sauna finlandesa também são ótimas opções para quem quer descansar.

A Pousada Viking Penedo situa-se a 600 metros da Pequena Finlândia, e dispõe de acesso Wi-Fi gratuito e estacionamento privativo gratuito. 

Veja no site: http://pousadavikingpenedo.com.br/

Rede Social:
 https://www.facebook.com/Pousada-Viking-Penedo-603922189651713/

Veja vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=O0rPLpceGiU


Gastronomia

A gastronomia da cidade é outro ponto forte. Se a sua hospedagem não for pensão completa, você terá a oportunidade de saborear deliciosas comidas em vários restaurantes da cidade. Se você voltar de lá sem comer truta não vai poder dizer que foi a Penedo. O peixe é o prato principal de quase todos restaurantes.


Restaurante Kosenkorva - comida escandinava

Não posso deixar de falar também nos chocolates. A cidade tem algumas lojas que vendem diversos tipos e sabores de chocolates caseiros. São realmente uma delícia.



Os chocolates artesanais são produzidos com licor e manteiga de cacau, verdadeiras perdições. Uma das lojas de fábrica fica dentro da Pequena Finlândia, logo na entrada, à esquerda. Todas as lojas disponibilizam produtos dietéticos.

Atrações Turísticas

O Centrinho: Encanta a todos com suas lojas e fábricas de chocolates (deliciosos), construções de madeira coloridas com telhados triangulares.

Embora discreta, a herança dos imigrantes finlandeses ainda está presente nos ateliês de artesanato e no baile com danças tradicionais que anima as noites de sábado no Clube Finlândia, com o Grupo Amigos da Dança Folclórica de Penedo. Em feriados prolongados e datas especiais a apresentação também é feita no espaço cultural do Shopping do Papai Noel. Diversão garantida.

Pequena Finlândia: Também conhecido como “Shopping do Papai Noel”, o conjunto de lojas costuma ficar lotado nos finais de semana. É aqui que fica a casa do Papai Noel, uma versão da matriz, na Finlândia. 

O ingresso permite visitar o quarto e a cozinha de Noel. As lojas que compõem a Pequena Finlândia são bem diversificadas e de extremo bom gosto, havendo desde uma fábrica de chocolates, até lembrancinhas do lugar. Fica na Avenida das Mangueiras, esquina com Rua das Velas.

Passeio de Trem: Em dias de semana circula apenas um tremzinho em dois horários – 11h e 15h – cujo ponto de saída fica na Rua das Velas, em frente à Pequena Finlândia. Nos finais de semana são dois ou três – dependendo do movimento – e o número de horários é bem maior. Levam o visitante a vários pontos de Penedo, inclusive às Três Cachoeiras, onde é feita uma parada. Vale essa dica de passeio.

Cavalgadas: Um bom programa para quem deseja conhecer locais de rara beleza. Os haras oferecem passeios com guias.


Pico do Penedinho: Do alto do pico é possível visualizar todo o bairro. A subida tem 600 metros e é bem íngreme, exigindo boa forma física. O ingresso é gratuito e deve ser retirado na Casa do Chocolate – Avenida Casa das Pedras, 10.

Rio das Pedras: Fica na estrada das Três Cachoeiras, no início do Alto Penedo e segue até a saída, sendo atrativo de muitos hotéis. Aí ficam as Três Cachoeiras, de fácil acesso.


Cachoeira de Deus: Bem bonita e bastante visitada, fica após as Três Cachoeiras, seguindo pela Rua C, através de pequena trilha.

Três Bacias: Fica logo após a Cachoeira de Deus e Poço das Esmeraldas, este considerado o melhor local para banhos. Para ter acesso a todas essas cachoeiras, basta seguir pela Avenida das Mangueiras, estrada das Três Cachoeiras, depois sempre à direita, seguindo a sinalização, um tanto precária.

Serrinha do Alambari: Na RJ-163, a caminho de Visconde de Mauá e antes de Capelinha, fica a Serrinha do Alambari, um recanto ecológico e área de preservação ambiental, com entrada gratuita, inclusive do veículo. Após o portal, os caminhos são todos de terra, com alguns trechos um tanto precários, mas transitáveis. Segundo os locais, o melhor restaurante alemão de Penedo fica na Serrinha.

Embora Penedo seja de clima agradável, no verão faz bastante calor. Leve roupas leves,  esportivas, roupas de banho de rio, bermudas, camisetas, sandálias, chinelos... a descontração é total. Não esqueça do tênis para caminhadas e da máquina fotográfica.

Já no inverno, assim que o sol se põe, já começa a esfriar,  e faz bastante frio, então leve casacos mais pesados para você sair à noite para curtir um fondue de chocolate ou de queijo, por exemplo, no Restaurante Girassol ou tomar chocolate quente na Casa do Chocolate.

Bem pessoal, vou parar por aqui, para a postagem não ficar grande demais e cansativa, mas de uma coisa podem ter certeza... Vale a pena conhecer a cidade. É muito linda e quando fui, fiquei simplesmente encantada com tanta beleza.

Veja também:  em breve Lumiar - Rio de Janeiro - Brasil. 






A NATUREZA VÊ TUDO QUE TODOS FAZEM E PRESENTEIA CONFORME CADA UM NECESSITA E MERECE.




Iniciando a Consciência do Futuro!!
"Você pode conseguir tudo que quiser de BEM na vida, 
se ajudar um número suficiente de pessoas 
a conseguirem o que elas precisam."

Desde já, nosso Muito Obrigado!



SE VOCÊ VIU, OUTROS TAMBÉM VÃO VER. 

SEU ANÚNCIO PODE ESTAR AQUI 
E EM DIVERSOS OUTROS LUGARES DO BLOG. 

FAÇA CONTATO PELO EMAIL DO BLOG.


AVISO IMPORTANTE A QUEM NAVEGA POR AQUI:
Caso alguém seja autor de algum texto ou fotografias contidos neste blog, 
e não tenha sido colocada a sua autoria por meu desconhecimento, 
agradeço que me contatem imediatamente afim de ser devidamente colocado 
o seu nome, ou ser retirado se assim o desejar. 

De maneira nenhuma é minha intenção quebrar direitos de autores. 



quarta-feira, 9 de maio de 2018

AGE REVERSE

O ANTES DA APLICAÇÃO

Já pensou ter uma aparência mais jovem em poucos minutos?
 
Com Routine Age Reverse Instant Anti-Aging isso é possível!!
Ele reduz as bolsas ao redor dos olhos, deixa a pele mais lisa, diminui a aparência de rugas e linhas finas de expressão. 



O DEPOIS DE 5 MINUTOS DE APLICAÇÃO
Age Reverse rejuvenesce até 15 anos em 5 minutos e tem duração de até 8 horas. 
Controle o tempo com Age Reverse Instant Anti-Aging!!


AGE REVERSE BOOSTER


Confira nos links abaixo o passo a passo e os benefícios deste tratamento incrível! 

Vídeo 01
Conheça os benefícios do Booster Treatment: 


Vídeo 02
Booster Treatment Confira nossos Testes Clínicos

Vídeo 03
LANÇAMENTO AGE REVERSE


Solicite seu AGE REVERSE por e-mail.
Entregamos no Rio de Janeiro





sexta-feira, 4 de maio de 2018

EM PORTUGAL MEUS FILHOS APRENDEM O QUE É LIBERDADE.


Eu nunca imaginei que um dia fosse precisar ensinar aos meus filhos como lidar com a liberdade.
Quer dizer, até que eu me planejei, sim, a ensiná-los limites quando chegasse a hora de sair com os amigos, dirigindo ou com a (o) namorada (o).
Mas, nunca quando ainda fossem crianças. Ou no início da adolescência.
Comecei a fazer isso aqui em Portugal.


Dizem que a gente só dá valor ao que perde. Mas, depois que me mudei para Portugal com meus dois de 11 e 13 anos, aprendi (mais) uma coisa nova: a gente não sabe dar valor ao que nunca teve. Pior, pode passar a vida inteira sem nem sequer saber o que estava perdendo.


EXPLICO

Desde que nasceram, as crianças viveram em uma redoma, dessas que a gente jamais gostaria de colocá-las, mas é obrigado. Dentro das grades do condomínio, eles cresceram em parquinhos frequentados somente por eles. Ou, meia dúzia de amigos, se tivessem a sorte de ter outras crianças no prédio. O que, no caso dos meus, nunca aconteceu.

Ainda bem pequenininhos, o papo era com o porteiro, a babá, os pais ou avós. Quando esses últimos não estavam trabalhando. Brinquedos que tocam musiquinhas e programas de TV substituíram o pé descalço na areia ou na grama.

Até que, quando esse ambiente ficou pequeno e eles precisaram alçar novos voos, foi em aviões fretados: escolas particulares, com seguranças na porta, transporte de van, mesmo que morassem a três ou quatro quadras do local.

O passeio guiado que é a infância das crianças de classe média brasileira continua com o passar dos anos. Eles crescem e andam com as próprias pernas. Mas, somente por caminhos vigiados, ou sentados no banco de trás de um carro. Sempre na companhia de um adulto.

Até que o tempo passa e, vivendo em um país onde as diferenças sociais são enormes e as crianças vivem vidas completamente diferentes, se tiverem nascido no asfalto, são superprotegidas e perdem parte da infância.

Muitas, que nasceram no “morro”, vivem sem proteção nenhuma e perdem praticamente a infância inteira. Para o lado que olharmos, o cenário é triste e desanimador. Todos perdem.

DE PRESENTE A LIBERDADE. MAS O QUE ELES FAZEM COM ISSO?

Com a proximidade da adolescência dos meus filhos, confesso que o medo bateu de vez. E quando eles naturalmente quisessem sair sozinhos, sem a falsa rede de segurança que criamos para eles?

Somado a uma dezena de fatores, esse foi um forte motivo para virmos morar na Europa. E cá estamos nós, em Portugal, há quase nove meses.

E o que eu observo? Que, como passarinhos que foram criados em uma gaiola, eles agora descobrem que a porta foi aberta, mas não sabem o que fazer. Saem voando? Colocam a cabeça para fora?


LIBERDADE PRA DENTRO DA CABEÇA

Quando dizíamos que estávamos vindo morar em Portugal, 10 em cada 10 pessoas viravam-se para as crianças e diziam: “você vai poder usar o celular na rua”!

Eles, nem um pouco satisfeitos com essa mudança, faziam cara de paisagem e a testa dava uma enrugada, meio sem entender porque isso é uma coisa boa, que justifica largar o seu país, sua família.

Para eles, nunca houve a possibilidade de usar o celular na rua. Ou qualquer outra coisa de valor. Ou até mesmo estar na rua, dependendo do lugar e do horário.

Sem viver outra realidade, eles (e provavelmente muitas outras crianças) sequer sabem que em outro lugar do mundo isso é a coisa mais natural do mundo. Um direito. Ir e vir.

E, como tudo que nem sabemos que existe, não damos valor. Nem sabemos que queremos. 


POIS ELES QUEREM.  QUEM NÃO QUER?



Logo que chegamos, a ideia de saírem de casa sozinhos era um disparate. Se eu pedia pra levarem o cachorro pra passear ou ir até o supermercado do outro lado da rua, recebia em troca dois olhares arregalados, com um enorme ponto de interrogação na cabeça.

Dizer que podiam descer e ir até a praia sozinhos era o equivalente a xingar a mãe e o pai ao mesmo tempo. 

- Como assim? 

- A mãe ficou maluca? 

Aos poucos, eles vão percebendo o valor que tem na vida de uma pessoa em simplesmente abrir a porta de casa e sair, quando dá vontade.
Juju vai e volta do inglês sozinha.


No início, eu ia buscá-la, porque estava de noite. Agora, com a primavera se aproximando e o dia sendo mais longo, isso deixou de acontecer.
Ela perdeu também (perdemos, né?) o hábito de ligar pra avisar que chegou bem em casa. Claro que chegou, né?


Meu filho, mais tímido e dependente, outro dia achou que estava indo pro boliche comigo e os amigos. Quando parei no shopping, dei o dinheiro na mão dele e disse que era pra ele depois ir me encontrar em casa, o moleque levou uns 3 minutos ou 4 pra entender. Risos…

Mas, foi. Jogou boliche, lanchou no Mc Donalds, atravessou ruas e voltou para casa à noite, depois das 21h, com os amigos. Em vez de subir pra casa, ficou na praça em frente, jogando bola, até depois da meia-noite.


Assim, normal. Sem espanto. Algo corriqueiro. Como deveria ser.

À medida que eles vão ganhando confiança, quero que as asas se abram ainda mais. Pegar transporte público sozinho, sair com amigos e, lá na frente, ir viajar ou fazer intercâmbio por conta própria.

Fonte: Brasileirinhos Pelo Mundo 






Longe da barra da saia da mãe.  Agora eles podem.


Acesse a imagem ali no lado direito do Blog, 
e adquira seu guia Morar em Portugal




ADAPTAÇÃO DE CRIANÇAS PEQUENAS EM OUTRO PAÍS


Tentarei fazer um resumo do que passamos com nosso pequeno e, assim, poder ajudar aos que irão passar por isso. Felizmente, nem todos terão a mesma experiência.

*Desde já oriento que muitas famílias poderiam evitar passar por tudo isso.*
*Escolher Portugal que é uma Pátria irmã e que recebe os brasileiros de braços abertos é uma grandiosa vantagem para quem deseja sair do Brasil.*


Mas vamos ao acontecido:
Importante saberem que nem todas as crianças passarão por uma adaptação tão difícil. Cada criança tem sua natureza e vai encarar essa nova vida de forma diferente. 

Os pais precisam respeitar o momento da criança, seus sentimentos e, principalmente, evitar comparações, como: “O filho de ‘fulano’ se adaptou fácil, mas, o meu, não!”. Nenhum é melhor do que o outro, cada um tem sua identidade, absorve e demostra os sentimentos e sensações de formas distintas.


Uma criança pequena, o Saulo tinha 3 anos, não entende essa mudança e, muito menos, os motivos que nos fizeram largar tudo e ir para um lugar diferente.
Os adultos se preparam aos poucos, durante o planejamento, estamos preparando nossa mente e nosso coração. As leituras sobre o local, histórias de outras famílias, conversas e trocas de experiências, tudo isso nos ajuda a encarar essa mudança de país, de forma mais natural e tranquila.


Mas, e a criança? Como prepará-la?

Ainda do Brasil, conversávamos muito com o Saulo. Sempre mostrando de forma positiva e bem legal a nova vida que ele ia ter. Falávamos que ele ia viajar muito tempo de avião e ia ser bacana; que ele ia aprender inglês; fazer novos amigos; ter uma nova casa; que a Nova Zelândia era bem bonita e divertida, mas, acredito, que ele não tenha entendido nada do que falamos.

Para ele, só importava o que ele estava vivendo, afinal, tiramos dele tudo o que tinha. A realidade é que ele ficou longe da família, das primas, dos amigos do prédio, da escola. Ele ainda ficou só e sem amigos. O sentimento de abandono, solidão e a saudade era o que importava para ele.

Mas ele estava com o papai, a mamãe, a vovó, todos falando com ele pela internet. Não poderia ter sido mais fácil?

Ele tinha apenas 3 anos e já com tantos sentimentos? Sentiu a distância como um adulto, aprendeu bem cedo o significado da palavra saudade.

Não foi fácil! Em alguns momentos, doeu no coração da mamãe e foi a única coisa que não esteva dentro do nosso planejamento. Tivemos muita orientação de mamães que passaram por isso e foi de extrema importância.

Para agravar a situação, ele foi para uma escola onde não entendia nada do que os colegas e professores falavam. Difícil, né?

Sabemos que tem criança que passa por essa fase de forma mais tranquila, mas, infelizmente, com Saulo não foi assim.

Ele criou uma rejeição, no início, muito grande à escola. Chorava muito, pedia para não ir e quando íamos pegá-lo, víamos pelo olhar, que ele estava triste, isso partia meu coração.

Conversamos com professores, pedimos ajuda e nada o fazia melhorar. Então, de forma emocional, resolvi tirar ele da escola e buscar uma outra. Ele ficou em casa por um período que foi de extrema importância para seu amadurecimento.

Após 2 semanas, ele começou em uma escola nova e já foi bem mais fácil. Mas, foi aí que percebemos que o maior problema dele não era a saudade e troca de casa e, sim, a dificuldade com o inglês.

Ele, na escola, não conseguia fazer amigos, estava sempre sozinho e isolado e, um dia, ele me perguntou:

– Mamãe, por que os amiguinhos não falam comigo?
- Por que eles não me chamam para brincar?


Nossa! Nesse momento, meu mundo desabou! Eu senti a dor da rejeição que ele sentia, entendi o motivo de cada lágrima, de cada vez que ele me falava que não queria ir para a escola. Finalmente, tinha desvendado o grande problema, mas foi pior ter entendido o motivo do seu sofrimento e ter a certeza de que não tinha o poder de ajudá-lo.

O inglês era o seu problema e não podia fazer nada para protegê-lo. A única forma era realmente expor o meu pequeno a essa situação, pois sabia que só na escola, no dia a dia e com o aprendizado de forma gradativa e natural do inglês, o problema dele seria resolvido. Nada do que eu fizesse poderia, definitivamente, resolver essa situação.

Não foi fácil para mim, nesse momento vem um sentimento de culpa, questionamentos e a incerteza se o meu sonho e a minha decisão justificavam fazer o meu anjinho passar por tudo isso.

Nesse momento temos que respirar, ser fortes e acreditar que é apenas uma fase e por mais dolorosa que seja, não temos como mudar. Então aceitei e me fortaleci ainda mais, assim estaria preparada para dar conforto, amor e coragem para o meu pequeno.

Acredito que, para uma criança de 3 anos, seja uma oportunidade de amadurecer, já aprender a lidar com dificuldades e com a certeza de que ele não iria desenvolver nenhum tipo de trauma.



*Desde já oriento que muitas famílias poderiam evitar passar por tudo isso, proporcionar o amadurecimento de uma criança, forçado em cima de problemas e dissabores.*
*Escolher Portugal que é uma Pátria irmã e que recebe os brasileiros de braços abertos é uma grandiosa vantagem para quem deseja sair do Brasil.*


Continuando...
Mas precisávamos compensá-lo e foi aí que buscamos ajuda da psicologia. Tínhamos que mostrar que a NZ era legal e que a escola também era legal. Fizemos de tudo para ele ficar bem e, aos poucos, conseguimos.

Buscamos amigos brasileiros, crianças brasileiras para que ele pudesse brincar e interagir. Todo final de semana era uma programação diferente, como parques, casa de amigos, praias, museu, zoo. Fazíamos tudo para ele se divertir bastante e compensar a difícil semana de aprendizado e adaptação que tinha.

Não é um processo fácil, mas, em pouco tempo, ele voltou a ser a criança alegre e danada que sempre foi. Ver o seu amadurecimento, sua garra e o nascer de um Saulo bilíngue, foi o maior presente que a Nova Zelândia me deu. 

Fonte: Brasileirinhos Pelo Mundo 



Acesse a imagem ali ao lado direito do Blog, 

e adquira seu guia Morar em Portugal

quinta-feira, 3 de maio de 2018

SAIR OU NÃO SAIR DO BRASIL !!



O texto abaixo relata a minha experiência. Não necessariamente serão as dificuldades de toda pessoa que está por vir. Cada caso é diferente. Cada pessoa tem uma bagagem cultural, educacional, familiar e financeira diferente. Logo não precisa ser visto como desencorajador. 
Pelo contrário, o meu objetivo é que, contando o que eu vivi, você possa se preparar mais. Fique ciente que é uma questão de escolha: sair ou não do seu país de origem.

2018. Surpreendentemente aqui estamos nós, ainda em Orlando, agora com mais um integrante na família, nosso caçula. Como passou rápido. 

Em janeiro de 2014, eu não tinha a menor ideia do que me esperava. Estávamos chegando aos Estados Unidos, sem pai e mãe, sem empregada, sem babá (se bem que essa eu nunca tive), sem conhecermos ninguém. Rumo a um futuro completamente incerto, procurando casa para morar, tentando inicialmente ao menos entender o que os nem sempre pacientes funcionários da empresa de água, luz e gás, por exemplo, falavam. 
Esses eram os primeiros passos da nossa jornada. Meu marido e eu nos desdobrávamos para desenrolar o que talvez em questão de minutos estivesse resolvido no Brasil.

Comece lendo esta matéria por aqui:
MORAR EM PORTUGAL 


AS PRIMEIRAS DIFICULDADES 

Você pode estar perguntando: será que ela foi morar fora sem saber uma palavra de inglês? 

Bem, eu havia feito no mínimo dez anos daqueles cursos de inglês que me garantiriam desenrolar situações cotidianas. Pelo menos era isso que eu pensava. Ledo engano. Óbvio que ficou muito mais fácil ler e escrever, ter um certo vocabulário, formar frases (nessa parte os cursos ajudaram), mas quando chegava a hora de falar e entender os nativos, aí era um pouco mais complicado.

Desde esse tipo de episódio que eu nunca imaginei que poderia passar, até chegar ao supermercado e me ver completamente perdida sem saber absolutamente nada do que escolher. Me assustava com o tamanho dos produtos, tudo muito grande. Eu não tinha ideia de quais materiais de limpeza utilizar. Eu não sabia os nomes das carnes por aqui, todas as marcas eram até então pra mim desconhecidas.
Em casa eu ainda não sabia usar o triturador de alimento nem como regular o ar condicionado ou aquecedor.
Chegar ao restaurante e fazer o pedido era uma aventura. Sim, tudo era absolutamente novo pra mim. Estávamos eu, meu marido e minha filha, então com dois anos de idade.


*"MORAR EM PORTUGAL" - ACESSE O GUIA*
*CONHEÇA TODOS OS PASSOS DECISIVOS QUE PASSAMOS PARA MORAR EM PORTUGAL SEM PROBLEMAS*


ORLANDO, UMA CIDADE DE BRASILEIROS ?

Aqui quero abrir um parênteses. Viemos para Orlando, uma cidade que foi invadida por brasileiros, que recebe milhões de turistas brasileiros por ano, e que hoje já conta com inúmeros restaurantes e supermercados brasileiros, salões de beleza, lojas, igrejas, quiosques, tudo brasileiro. Até Banco do Brasil já tem aqui. Então não é difícil encontrar produtos e serviços do Brasil, aqui. A questão é que não era essa a minha ideia. Se eu vinha morar nos EUA, eu queria estar imersa na cultura deles, eu queria aprender profundamente a língua, os costumes, a cultura. O tempo que estivesse aqui, eu queria estar ganhando esse conhecimento. Só assim poderia crescer nessa jornada. Isso significava que não seria fácil, que eu teria muito trabalho pela frente fazendo pesquisas, buscando informações, mas era isso o que eu almejava.

Os desafios não paravam de chegar, e parece que vinham com intensidade cada vez maior. Tirar carteira de motorista, procurar por médicos, dentistas, pesquisar sobre plano de saúde, comprar carro, procurar entender como funciona a educação nos EUA, imaginar como minha filha se adaptaria. No nosso condomínio moravam apenas americanos, e a maioria de passagem, por ser um resort com muitas casas de férias. Assim minha filha teve de contentar-se em brincar apenas comigo por muito tempo.

Sem crianças ao redor. 
Muitas dúvidas… será que estou fazendo o certo para minha filha? 
Será que ela esta sofrendo? 
Quando vai fazer novos amigos? 
Será que vai aprender o inglês? 

E eu, será que vai chegar o dia em que vou finalmente conseguir me expressar sem mímicas, sem gaguejar? 
Não e fácil. 
No meio desse turbilhão de novidades, eu descubro que estou grávida! 
Se eu tinha dúvidas, elas simplesmente quadruplicaram. 
Surgiu também o medo. 
Teria eu capacidade de ter um filho americano? 
Como pagar o parto? 
Quem faria o parto?  

Será que iria passar dias sofrendo em trabalho de parto como eu tanto ouvia falar? 
Como seria depois dele nascer, será que eu dou conta de casa, marido e dois filhos, uma ainda desfraldando e um recém-nascido? 
Help!!

Evite passar por dissabores e complicações.
Conheça "Morar em Portugal"
Clique ali ao lado na imagem MEP e adquira seu Guia.

_________________________



Além disso, a saudade apertando no peito. Os eventos, os casamentos, os aniversários, os nascimentos, tudo acontecendo no Brasil e eu aqui perdendo todos esses momentos. Dor no peito. O primeiro Natal, o primeiro Réveillon… sozinhos. Alguns colegas certamente já tínhamos feito, mas ter amigos de verdade demanda tempo. Passar as festas de final de ano na casa de recém-conhecidos não é uma situação pra lá de confortável. Chega a ser até constrangedor em parte. Meu filho nasceu em 2015, e esse é assunto para um outro post.

DEPOIS DO TURBILHÃO, A BONANÇA. 

Com certeza alguns de vocês que leem esse texto devem ter passado ou ainda estão passando por essas situações e dúvidas, esse medo por vezes aflitivo, com maior ou menor intensidade. 2018 começa com novos questionamentos. Acho que para quem mora no exterior, sempre vai haver algo novo para aprender. Estamos aqui, firmes e fortes, agora com meu filho americano balbuciando as primeiras frases (às vezes em inglês, às vezes em português), minha filha na escola publica falando um inglês quase que fluente, curtindo muito suas amizades americanas e hispânicas, cantando no coral da igreja, fazendo balé.

Sim, já temos muito mais amigos, amigos que viraram a nossa família. Recebemos muitas visitas do Brasil ao longo do ano. Conheço os produtos do mercado, sei indicar as melhores marcas e tenho todo o roteiro do “to do list”, e do “not to do list”, para qualquer mamãe brasileira grávida (ou com filhos) que me procure. Sei o que significa BOGO, sei utilizar os famosos cupons.

O melhor de tudo é poder ajudar a quem chega por aqui com tanta incerteza como a que eu tinha.

Dá até pra ter um certo orgulho de saber o que parece muito básico, mas eu sei que houve um custo para aprender. 

Saber que eu cresci como pessoa, saber que eu me permiti experimentar, conhecer, abrir meus horizontes, dar uma nova chance de vida para os melhor filhos, com mais qualidade. 

Às vezes me perguntam se tudo isso vale a pena. Altos e baixos sempre teremos, seja lá o local que vivamos. A única certeza que tenho e que Deus e perfeito e nos coloca no lugar e tempo certos, para um propósito. Não sei o que 2018 me espera, mas estou certa de que cada passo, cada momento dessa aventura inesquecível, levarei para toda a vida, e que meu Pai, lá do céu, cuida de mim, o tempo todo. 

Um Feliz e abençoado 2018 para todos!! 

Fonte: Brasileirinhos Pelo Mundo 

*"MORAR EM PORTUGAL" - GUIA*
*CONHEÇA TODOS OS PASSOS DECISIVOS QUE PASSAMOS PARA MORAR EM PORTUGAL SEM PROBLEMAS*

*Acesse a imagem ali no lado direito do Blog, 
e adquira seu guia Morar em Portugal*





MUDANÇA COM CRIANÇAS



ASPECTOS EMOCIONAIS
Comece lendo o texto por aqui:

MORAR EM PORTUGAL 

Diante da possibilidade de mudar de país com crianças, uma série de questões práticas nos ocupa: visto, passaporte, empresa para encaixotar os móveis, encerrar contratos de internet, pagar as contas pendentes, procurar escola e pediatra no novo destino. Em meio a esse turbilhão, muitas vezes acabamos não dando a atenção necessária ao universo emocional dos pequenos, que é imensamente afetado. Existe medo, existe luto, existe ansiedade. Tudo isso deve ser trabalhado com muito cuidado pela família e também pela rede de apoio ao redor da criança.

Quando me mudei pela primeira vez para o exterior, estava grávida de cinco meses. Saí do Brasil para as Filipinas e o desafio maior foi lidar com meu próprio medo do desconhecido. Agora, na segunda mudança, enfrento o desafio de lidar não só com minhas questões, mas com a adaptação do meu filho, que acabou de fazer três anos. Posso afirmar, sem dúvida alguma, que a a dificuldade é infinitamente maior, porque envolve a segurança emocional de um ser humano que ainda está construindo suas ferramentas para lidar com perdas e medos.

Filipe nasceu nas Filipinas e passou lá seus primeiros anos de vida. Foi onde fez seus primeiros amigo, onde aprendeu a reconhecer um fenótipo como familiar, onde aprendeu a falar, a andar, a estar no mundo. Tudo o que lhe era conhecido estava ali: babá, escola, vizinhos, parquinho.

E aí chegou a hora de virmos para a Austrália. A mudança foi conversada com ele, é claro, mas ainda assim tínhamos a sensação de que nosso pequeno não conseguia alcançar a dimensão do salto que nos aguardava. De repente, toda a nossa vida passou a girar em torno da mudança. Mamãe e Papai passaram a ser seres mais chorosos, melancólicos e preocupados, orbitando entre despedidas e providencias práticas. A babá também ganhou um quê de preocupação, carregando a ansiedade de não saber o que iria acontecer com sua rotina dali para frente.

Todas essas coisas que estavam no ar ganharam uma materialidade incontestável no dia em que a empresa de mudança chegou para encaixotar nossas coisas. Era chegada a hora de desmontar nossa casa, decorada com tanto carinho ao longo dos anos. Filipe viu seu quartinho ser desmontado e resumido a um punhado de caixas de papelão. No dia seguinte, restava o vazio.

– Mamãe, cadê meus brinquedos? Cadê minha caminha?

Eu tentava disfarçar o nó na garganta:

– Estão no navio, filho, indo para a nossa casa nova na Austrália.

– O Martin também vai para a Austrália? – ele perguntava, querendo saber se o melhor amigo do prédio iria se mudar conosco.

– Ele pode ir de férias sempre que quiser – eu respondia, segurando o choro.

E assim foram nossas conversas até o dia de embarcar. Lipe passou a alternar momentos extremamente doces e rompantes de agressividade, com gritos e birras além do comum. Ele por vezes me batia e me mordia. Essas reações ficaram mais intensas quando chegamos em Sydney e passamos duas semanas acampados num pequeno quarto de hotel. Foi tão estressante para todos nós que cheguei a pensar que não iríamos conseguir.

Nesse período, conversei bastante com amigas psicólogas e reuni algumas dicas para suavizar a dor desse luto que é a mudança. A criança pequena pode não compreender racionalmente o que está acontecendo, mas ela age como uma verdadeira esponjinha, captando tudo o que se passa ao redor.

Leia também: 
*"MORAR EM PORTUGAL" - GUIA*
*CONHEÇA TODOS OS PASSOS PARA MORAR EM PORTUGAL SEM PROBLEMAS*

A coisa mais importante a ser fazer é explicar para a criança exatamente o que está acontecendo. No caso de crianças menores, um recurso muito interessante é o desenho. Quem me passou essa dica foi a madrinha do meu filho, que é psicóloga junguiana. Ela me sugeriu que eu desenhasse com ele a casa das Filipinas, a casa nova na Austrália, o navio levando os brinquedos dele. Assim fizemos e senti que isso deu uma concretude a algo que antes ficava no campo da abstração.

Outra atitude fundamental é acolher todo tipo de reação que as crianças trouxer. Veio agressividade? Então vamos olhar para isso. Pode ser que estejam te culpando pelo fato do mundinho deles estar se desfazendo. Cabe a nós, pais, criarmos um ambiente de segurança, onde toda emoção tem espaço.

O Lipe trouxe muito do medo. Coincidentemente ou não, durante o período de mudança ele começou a falar sobre monstros, fantasmas, bruxas e zumbis. Explicamos a ele que era só olhar bem nos olhos do monstro e dizer: eu não tenho medo! É natural ter medo diante de uma grande ruptura. Se nós, adultos, sentimos frio na barriga diante do desconhecido, imaginem os pequeninos! Zumbis e fantasmas são só uma forma encontrada para falar do incômodo diante de um ambiente todo novo e assustador.

Para suavizar esses desgastes e oferecer um porto seguro, não deixe de pedir às crianças que escolham alguns de seus brinquedos favoritos para levar na bagagem de mão. Esses objetos têm poderes quase mágicos e ajudam a dar segurança quando tudo parece se desfazer.

O ingrediente mais importante numa mudança é, sem dúvida, muito amor e acolhimento. Um belo dia essas sombras enormes na parede serão apenas parte da paisagem. E aí, talvez, seja a hora de mudar outra vez.

Fonte: Brasileirinhos pelo Mundo 


*"MORAR EM PORTUGAL" - GUIA*
*CONHEÇA TODOS OS PASSOS PARA MORAR EM PORTUGAL SEM PROBLEMAS*


*Acesse a imagem ali no lado direito do Blog, 
e adquira seu guia Morar em Portugal*






O INÍCIO DAS NOVAS AMIZADES NA INFÂNCIA



"MORAR EM PORTUGAL" - É SEU MELHOR GUIA 

CONHEÇA TODOS OS PASSOS PARA MORAR EM PORTUGAL SEM PROBLEMAS.

A amizade é um dos maiores valores no período de formação das crianças. 

“trata-se do afeto pessoal, puro e desinteressado, compartilhado com outra pessoa, que nasce e se fortalece diante dos relacionamentos entre os seres humanos”. 

AS PRIMEIRAS AMIZADES NA VIDA

Quando somos pequeninos, um amigo é apenas aquele com quem brincamos. Não precisamos de mais vínculos ou uma relação mais profunda.

Entretanto, a partir dos seis anos, passamos a uma tremenda evolução. Começamos a ser mais conscientes do mundo que existe fora de casa. Começamos a ganhar confiança e a fazermos amigos de verdade. Passamos a ter senso de escolha e critérios próprios.

Quem me conhece sabe que sempre fui de muitos amigos. Então acho que não poderia ser diferente. Aqui em casa, desde muito pequenos, sempre incentivei e estimulei bastante as amizades dos meus filhos.

Todos os dois ingressaram na escola assim que completaram 1 aninho de idade. Ouvi na época muitas críticas a respeito de ser cedo demais e talvez não houvesse a necessidade e blá, blá, blá. Porém, acredito que criança precisa conviver com outras crianças. Sei que cabe aos pais a difícil tarefa de educar ensinando-os desde o nascimento noções básicas de amabilidade, solidariedade, generosidade, respeito às diversidades e honestidade, uma vez que tais princípios não nascem conosco. Mas para mim a forma mais fácil de ensiná-los é através do dia a dia, com a convivência e exemplos cotidianos.

Nada melhor do que passar pela situação para poder senti-la e aprender com ela. Um simples exemplo que posso por ora citar é a própria divisão de um brinquedo com um outro coleguinha. Ao compartilhar este objeto, a criança passa a trabalhar todos os princípios acima citados. O que muitas vezes, em casa sozinha com adultos, perdem a oportunidade de vivenciar e aprender.

Não que nós pais não possamos também ensinar, pelo contrário, devemos fazê-lo. Mas a criança aprender com outra criança da mesma idade, na minha humilde opinião, é bem mais estimulante e interessante. Sem contar que foi assim, através da escola e a convivência com outras crianças da mesma faixa etária, que foram surgindo as primeiras amizades dos meus pequenos. E algumas destas primeiras amizades perduram até hoje.

A CHEGADA EM UM NOVO PAÍS

Nesta nossa mudança de país, de vida, de idioma, de escola, muito me preocupava a questão das novas amizades. Precisavam vir de forma rápida e serem interessantes a ponto de “maquiarem” a falta das antigas. Pois se deixássemos prevalecer a saudade dos amigos que ficaram, se tornaria bem mais difícil todo o processo.

Entretanto, chegamos à Itália no mês de julho, no auge do período de férias escolares. As primeiras pessoas que conhecemos e tivemos contato na cidade não tinham filhos menores. Eu ficava de olho na casa dos vizinhos, a maioria idosos, mas também não via muita movimentação infantil. Então comecei a fazer uma rotina de levá-los ao parque público da cidade para brincar à tarde e depois íamos até a beira do rio para tomar sorvete e brincar nas pedras.

Nesses dois lugares, sempre tinham crianças correndo, gritando e pulando normalmente como era de costume deles. Assim eles começaram a se familiarizar mais com o ambiente e se sentir mais à vontade. Mas, mesmo assim, eu via que eles ficavam muito receosos de se integrar às outras crianças. Acho que além da vergonha, era muito também pelo idioma, pois realmente não entendiam nada do que falavam. E acabavam se limitando a brincar um com o outro e pronto.



O INÍCIO DAS NOVAS AMIZADES NA INFÂNCIA

Acontece que apesar dos meus dois filhos serem muito amigos e estarem acostumados a brincar juntos, a relação dos dois vinha meio “desgastada”, vinham brigando muito e cansados de só brincarem um com o outro há algum tempo. Foi quando tivemos a brilhante ideia de procurarmos uma colônia de férias.

Logo no primeiro dia tivemos sucesso. Foi nos dada a opção de buscá-los no meio do dia ou de pegarmos no final da tarde. Na nossa insegurança de como seria, marcamos de buscá-los cedo. Chegando lá, para a nossa alegria, eles não quiseram voltar para casa, pedindo para ficar até às 18hs. Vocês não têm noção da minha felicidade ao escutar aquilo. Uma por eles terem gostado, outra porque eu teria um tempinho livre sobrando só para mim. Afinal, eu vinha há alguns longos dias esgotada.

No segundo dia de colônia, ao chegar para entregá-los de manhã cedo, uma amiguinha veio correndo e com o maior sorriso deu um abraço super apertado na minha filha. Se abraçaram como se fossem amigas de anos. Fiquei tão emocionada com aquela cena que meus olhos se encheram de lágrimas. Foi neste momento que pude ter a certeza que tudo ficaria bem.

SAIBA MAIS SOBRE IMIGRAR COM CRIANÇAS

Outro detalhe que me impressionou foi a comunicação das crianças com os professores da colônia. Eu chegava para buscá-los e eles não só batiam papo, como depois me contavam tudo o que o professor tinha dito no dia, as brincadeiras que fizeram e até as broncas que levaram. Só que os professores não falavam português e as crianças não entendiam italiano.

Essa colônia de férias abriu as portas para o início das amizades das crianças aqui. Deu autoconfiança a eles. A partir daí, como moramos numa cidade bem pequena, quando íamos ao parque ou brincar no rio, sempre tinha uma amiguinha ou amiguinho conhecido de lá. Esse amiguinho(a) chamava para brincar e assim iam se unindo e se integrando aos outros.

E assim foram brincando e se divertindo, fazendo amigos nos ambientes públicos da cidade voltados para o público infantil até meados de setembro, quando se iniciaram as aulas. Se você não acompanhou, pode ler por aqui.

Fonte: Brasileirinhos Pelo Mundo 
Escrito por: Tatiana Buzzi 


"MORAR EM PORTUGAL" - É SEU MELHOR GUIA


CONHEÇA TODOS OS PASSOS PARA MORAR EM PORTUGAL SEM PROBLEMAS.

*Acesse a imagem ali no lado direito do Blog, 
e adquira seu guia Morar em Portugal*